O ser humano, no auge do seu entorpecimento, é capaz de ferir a si próprio e não sentir dor. Corta sua própria carne, polui seu próprio sangue, envenena o seu espírito, mas nada sente, de nada se ressente. Na sua miséria espiritual, a destruição se aproxima, sorrateira, e ele não a vê, tão identificado que está com ela. Ambos se confundem. Não percebe que o desrespeito à Natureza é um crime que comete contra sua própria espécie, sua própria vida. Sequer realiza o que é a vida. Vangloria-se da própria loucura e fraqueza.
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Tanta perversidade, tanta ignorância, tanto egoísmo. Para onde foi a humanidade? Para onde vai, humanidade? Há uma cegueira generalizada que lhe fecha os olhos para a desertificação da nossa aldeia. O ser humano adoeceu numa enfermidade assustadora, apodreceu na insanidade da ganância. Chamá-lo de selvagem seria desonra à selva, pois não há nele nenhum resquício do respeito instintivo pela vida que a selva ensina. Ele é mesmo civilizado! Usufrui do estágio mais avançado da sociedade humana. Avançando em direção à sua ruína.
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A Natureza é sábia e soberana, família. E nenhuma folha entre o Céu e a Terra cai sem a permissão divina. O despertar está em curso e não vai retroceder. A mudança é inevitável. Sobre os escombros, o florescimento da Nova Era encontrará campo fértil no coração dos dispostos e dos corajosos. É tempo de cultivar o Amor, de serenar os pensamentos e confiar na sabedoria universal. Há uma Vontade Maior que prevalece sobre a vontade dos agressores. Vamos abraçá-la e ser seus braços.
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“O Fogo renova tudo na Natureza“, diz a Alquimia. Que a chama crística purifique e aqueça o coração gélido de todos os que dormem o sono profundo da inconsciência. Que o poder transmutador do Fogo queime a ignorância e afugente os malfazejos e oportunistas. Mantenham a vibração elevada. Fortaleçam o rezo. Lutem. Afastem a preguiça, mas também o desespero. Confiem. Pois a decadência é o último estágio antes da regeneração. E a morte é o prenúncio do recomeço.
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Adelante. Somos fortes. Somos Um. Somos Amazônia.
Aho!