Você não vai encontrar a espiritualidade em mantras intrincados ou nas religiões e suas cartilhas e dogmas impositivos. Também não vai encontrá-la nas páginas dos velhos livros herméticos ou em codificações extensas. Tampouco nas palavras e orientações de mestres e gurus. Nem mesmo no topo da montanha mais alta ou no isolamento do mosteiro mais longínquo.
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O Sagrado não habita em templos ou sinagogas. Ele está no menor espaço do tempo, onde poucos o procuram. No intervalo silencioso entre os pensamentos e as palavras não ditas. Naquilo que não foi criado ou descrito pelo homem. Ele está no espaço de um todo indivisível que não pode ser tocado, pensado ou sequer sentido no campo das nossas sensações.
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No único lugar livre da dúvida e do querer, lá ele estará. Onde sempre esteve, sem que ninguém ou nada ousasse antecedê-lo. Na vibração, no movimento do repousar. Na esfera do indescritível, inimaginável e inconcebível. Além do verbo. Pois toda vez que tentamos dar nome ao Divino, apenas reduzimos a palavras o que não pode ser nomeado ou resumido.
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Quando você começar a olhar verdadeiramente para dentro de si, para cada parte minúscula e oculta do seu próprio ser, vai perceber que não há nada em você que não seja a pura manifestação do Sagrado. Vai entender, portanto, que cada vez que você suplica a presença do Sagrado em sua vida, está a sugerir que existe algum lugar em que ele não está.
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É chegada a hora de reivindicar o Divino em todas as esferas das nossas vidas. De despertar para os nossos dons e virtudes ilimitados, para o infinito poder que nos assiste. Aqui. Agora. Abandonemos a ilusão da externalidade e o Sagrado encontrará espaço para se revelar em nossas próprias mãos. Ele nunca esteve em outro lugar…