Quando sopram os ventos frios do Outono, o Urso lentamente se retira para a sua caverna, onde dará início à sua hibernação. Mais adiante, na aguardada Primavera da consciência, ele retornará com suas forças revigoradas, renovado para os desafios e provações da sua jornada após contemplar as suas sombras mais profundas. A Grande Ursa é o Totem guardião da direção Oeste, o portal da escuridão, do desapego, das mortes que precisamos enfrentar para adquirirmos nova compreensão sobre a vida.
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Os Ursos nos ensinam sobre o valor da introspeção e do recolhimento. No silêncio do Outono, as folhas secas caem lentamente e podemos meditar sobre as nossas imperfeições, olhar para dentro e identificar todos os apegos que dificultam o nosso progresso espiritual. O Urso nos convida a buscar as nossas próprias respostas para usá-las nos momentos de maior dificuldade e provação. A acolher as nossas vulnerabilidades para encontrarmos nossa força interior. Da morte, apenas renascemos para um novo ciclo.
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Esse Totem simboliza o vigor físico e a imponência do arquétipo do guerreiro, além de trazer a sensibilidade e a intuição. O Urso sabe equilibrar sua grande força e destemor com um lado extremamente acolhedor, doce e receptivo ao outro. Força e doçura; repouso e movimento coexistem em perfeita harmonia na trilha dos Ursos.
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Respeitemos o momento de refletir na intimidade da nossa caverna antes de tomar uma decisão. Ao mergulhar na solidão, aprendemos a apreciar nossa própria companhia. Nos nutrimos da força da Mãe Terra e encontramos o caminho de volta à plenitude espiritual, onde todas as curas se manifestam. Morremos, e então renascemos.
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Que possamos contemplar a sabedoria eloquente do silêncio, com serenidade e confiança. Certos de que os maiores desafios que a experiência física nos oferece são aqueles que revelam os segredos que trazemos dentro de nós mesmos, nas nossas cavernas mais íntimas.
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