Animal de Poder – Condor

O Príncipe Condor descreve o seu voo majestoso entre os Apus, os sagrados espíritos das montanhas andinas. Ele é o intermediário entre o mundo celestial e o mundo dos homens, um mensageiro divino que anuncia as bênçãos do Grande Espírito para a chegada da Nova Era. O maior pássaro da Terra vem nos trazer o Poder da Visão para que possamos nos libertar das amarras da ignorância e voarmos de encontro ao Sol. O Soberano Condor surgiu para revelar o caminho da iluminação dentro de você.

Na cosmovisão andina, o Condor é o guardião do mundo superior (Hanaq Pacha), um Ser divino e de grande poder que conduz os mortos à dimensão celeste. Considerado imortal, ele é o mensageiro dos deuses que sopra os Ventos do despertar sobre a humanidade adormecida. Há uma lenda que diz que os Incas deixaram Machu Picchu antes da chegada dos invasores espanhóis pois avistaram um Condor cair morto dos Céus. Foi dessa forma que os deuses alertaram o Império Inca sobre a morte que estava a caminho.

O Condor dirige as almas dos homens virtuosos à esfera das estrelas, onde habitam os deuses incas como Mama Cocha, Mama Quilla e Inti. Filho do Sol, ele nos traz a luz do Fogo que aviva o espírito e eleva a nossa consciência. O Condor é o símbolo da paz que surge para lembrar aos seus irmãos a importância de praticar o bem e a caridade, de manter a vibração elevada, de cultivar bons pensamentos e trilhar sempre o caminho das virtudes. Assim nos elevaremos junto ao Senhor dos Ventos em direção ao mundo celestial.

Muito embora o peso de suas asas seja por vezes um fardo difícil de carregar, o Condor jamais deixa de celebrar a dádiva que lhe foi concedida pelo Grande Espírito. Ele procura grandes áreas com correntes de ar quente que lhe permitem ascender às maiores alturas do Céus e planar por grandes distâncias, apenas com as asas estendidas… O soberano Condor nos ensina como voar mais alto e mais longe, com o menor esforço possível, acima das nuvens cinzentas da ilusão que ofuscam a visão do nosso Espírito.

O ego inferior seguirá lançando as suas armadilhas. Mas nada pode se opor à voz silenciosa do Eu Superior que silencia os ruídos da mente e nos impulsiona ao voo libertador. Às alturas das quais um dia despencamos.

“Vou pro Reinado Dourado
Com meu Eu Superior
Neste Céu tranqüilo e calmo
Vou nas asas do Condor” (trecho de O Condor, de Léo Artese)
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