Senhor de todos os elementos, o Dragão aviva em nós o invencível Fogo da Transmutação. Ele nos ensina a compreender que o medo é o único lugar em que podemos despertar a verdadeira coragem. Dragões são poderosos guardiões que nos guiam através dos portais multidimensionais, rumo a horizontes completamente desconhecidos e aos mistérios dos nossos esconderijos internos. Ao soprar a chama dourada da Sabedoria do Oriente, o Dragão nos faz um convite ao equilíbrio, ao caminho do meio. Despertar o Dragão é despertar o nosso poder curador, as nossas infinitas faculdades divinas.
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O Dragão habita aquilo que Jung chamaria de inconsciente coletivo, um “algo” intangível que opera ativamente dentro de toda a humanidade, além dos limites do ego. Nesse território não-individual, encontramos os mitos e arquétipos eternos. O Dragão é um dos mitos mais antigos da caminhada humana sobre a Terra. Se lançarmos um olhar para além dos limites do racionalismo e da percepção sensorial, quem poderia afirmar com precisão que Dragões não existem? O que é, afinal, o existir? O que sinto e penso, mas não vejo, deixa de existir?
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Podemos dizer que o Dragão é, essencialmente, uma Serpente, trazendo consigo a simbologia desse Totem Animal, representante do ciclo eterno de morte e renascimento que ocorre na Natureza. Tudo morre e tudo renasce, a todo momento; vida e morte são opostos apenas aparentes, indissociáveis um do outro. A Serpente ganha asas para fortalecer a simbologia da ponte entre o mundo terreno e os mistérios do mundo invisível. Ganha, ainda, o Fogo, que reforça o seu poder de transmutação, o elemento que destrói para que o novo possa surgir.
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Na cultura ocidental, o Dragão foi associado ao mal e às trevas. No Oriente, contudo, os Dragões são símbolo de sorte, fertilidade e grande poder. Ligados aos Quatro Elementos e à infinita Sabedoria, os Dragões habitam o mundo do inexplicável, do indefinível. Ele pode ser o bem, o mal, ou o intervalo que os une numa coisa só – sob uma perspectiva não-dual. O bem que está no mal e o mal que está no bem. O Dragão é a presença inquestionável do Mistério. Um guia arcaico e soberano para as infinitas dimensões do desconhecido.
O Dragão nos ajuda a vencer as fronteiras da dualidade para nos reunirmos novamente com a Totalidade.
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