Animal de Poder – Pégaso

O Pégaso é a criatura mítica que nos conduz à ascensão final. Ligado às forças do Céu, seu voo luminoso nos lembra a brevidade da vida material, a efemeridade das ilusões que insistimos em tornar tão reais. Nas asas do Cavalo Alado, clamamos pelo Infinito e reconhecemos a juventude eterna do Espírito. Abraçamos as tantas mortes como um anunciado prenúncio do renascimento. Adentramos novamente os salões do nosso Templo e, como legítimos deuses, nos aconchegamos na suprema bem-aventurança e na Imortalidade.
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Na mitologia grega, Pégaso foi concebido da união de Medusa e Poseidon. Ele é fruto da comunhão perfeita entre a dimensão terrena e o Cosmos, entre a Mãe Terra e o Grande Espírito. O Feminino e o Masculino se entrelaçam para nos oferecer a real compreensão da Unidade. O Pégaso é a inspiração que chega até nós das alturas que um dia ousamos esquecer. É a vitória da Vida sobre a morte, da continuidade que subsiste atrás das implacáveis mudanças. Se algo morre, é para libertar o imperecível!
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Assim como o Cavalo na tradição nativa norte-americana, o Pégaso simboliza a definitiva liberdade, desprovida de qualquer limitação do espaço e do tempo. Ele voa entre os trovões, risca os oceanos com suas asas e visita as Casas Celestes. Esse Totem nos ensina a prevalecer sobre a sede das paixões e dos desejos animais para alcançarmos os infinitos poderes espirituais que jazem adormecidos em todos os seres humanos. O buscador se ergue de sua queda na matéria e reivindica a divindade perdida.
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O Pégaso se relaciona com a torrencial corrente cósmica que verte sobre o planeta Terra. As existências individuais e limitadas pelas máscaras da personalidade são gradualmente dissolvidas na escuridão do Absoluto, que tudo unifica, que tudo integra. O Pégaso conduz a consciência à unificação com o Princípio Supremo, quando a mente se liberta das contradições terrenas e ascende em direção à sabedoria divina. Tudo vai, tudo se esvai… O que de fato permanece após a evanescência de todas as coisas?
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A raiz que perdura após o cair das pétalas. A Luz que resiste ao apagamento do Sol. A essência que vive na Eternidade.
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