A Zebra está ligada ao equilíbrio entre as diferentes paletas da existência. Bom e mal, luz e sombra; todos os opostos são fundamentalmente aparentes, moldados a partir da nossa perspectiva. As polaridades da vida estão muito mais próximas do que a nossa mente racional é capaz de supor. A linha que separa as tantas verdades é muito mais tênue do que os nossos apegos sugerem. Quando aprendemos a relativizar as nossas verdades, deixamos de nos incomodar com as verdades alheias. No final, os extremos sempre se tocam e todas as verdades são apenas meias-verdades que nos conduzem à plena compreensão do espírito.
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A corajosa Zebra te convida a enxergar as coisas por outro ângulo. Muitas vezes, é tentador nos apegarmos a um determinado sistema de crenças e desconsiderarmos outras verdades, outras possibilidades. É quando o buscador se enclausura dentro de si mesmo, dentro das suas preferências, e desconsidera a infinitude de novos elementos, novas peças que poderiam ser integradas no seu quebra-cabeças evolutivo. Esse Espírito Animal simboliza o diferente, o inusitado, a abertura para tudo aquilo que poderia ser visto como exótico ou supostamente indesejável.
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Esse Totem Animal traz a energia da singularidade. Assim como o Cavalo, ela representa a chama da liberdade, o próprio Espírito Livre. Mas, no caso especial da Zebra, essa liberdade é exercida no sentido da manifestação da individualidade, sem receios ou sem reservas em relação ao julgamento do mundo. Quando se está em paz com a sua própria verdade, você a exerce de forma livre e espontânea. Você não se incomoda com a verdade das outras pessoas e não gasta a sua energia tentando se encaixar nos padrões e verdades alheios.
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O estranho é sempre normal sob algum ponto de vista. A compreensão da Unidade subjacente em todas as coisas pressupõe o respeito a todas as formas de singularidade. A Zebra nos ensina a acolher e a expressar as diferenças, a explorar os territórios estranhos aos nossos velhos padrões de normalidade. Desfrutamos o sabor da nossa liberdade sem questionar a livre expressão do outro. É assim que, gradativamente, nos conhecemos tão profundamente e nos aproximamos da certeza de que, na verdade, o “outro” sequer existe…
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