Humildade, irmandade…

Humildade, irmandade…
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Triste é a vaidade espiritual. A ilusão da vanglória. O olhar torto para o outro, como quem se coloca acima, no pedestal da verdade, numa pretensa e extasiante superioridade. Glória vã… Daquele que não percebe que quanto mais caminha, tanto mais há para se caminhar. O ego vê prato cheio em quem prontamente aponta o ego do outro e proclama que o seu próprio já foi vencido. Será ele o vencido ou o vencedor?
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Todo mundo e o mundo todo são professores. Largue as vestes pomposas da suficiência e vista-se com a nudez do eterno aprendiz. Esteja aberto para ouvir mais do que pra falar. Se acha que o outro não tem nada a ensinar, você ainda tem tudo para aprender. Sabedoria é a eterna receptividade ao aprendizado. Olhe para as tuas vulnerabilidades com a mesma empolgação com que exalta as suas virtudes.
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Bota a testa no chão. Pra que seguir gastando energia para sustentar essas máscaras e o peso desse ego não contemplado? A humildade é o esteio, o fundamento, a libertação. Paira acima de qualquer lisonja e não permite que se transforme ela própria em troféu a ser ostentado: “veja como sou humilde”. A humildade é silenciosa, é guia sempre disposta a procurar o tanto que ainda não se tem.
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Em vez de reclamar a injustiça do que não recebeu, celebre o que você tem. Administre a prepotência das suas vontades. Exige tanto, quer tanto, espera tanto. Mas quanto tem oferecido? E quanto tem oferecido sem esperar retorno? Aprenda a errar. Errando muito, erra-se menos. Rindo dos erros, tira-se dele a aura do algoz impiedoso. O humilde abraça o tropeço como a chance vindoura do acerto.
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A soberba é veneno que se toma em pequenos goles. É um nó apertado que ata a liberdade do espírito. A humildade e a simplicidade abrem espaço em meio à complexidade dos desejos, dos compromissos, das máscaras. A humildade silencia, sem esforço, as afirmações do ego e faz um convite irrecusável para a felicidade.
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Caboclo que mantém o pé no chão levanta mais rápido dos tombos que leva.